Por vezes esquecemos que é ele que faz todas as vozes..
Espectáculo!!! Divirtam-se!
Interpretada pelos mais notáveis pintores, escultores e poetas, sempre lhe foram atribuídos os mais variados símbolos musicais, embora com particular predilecção pelo órgão. Isso deve-se em grande parte ao carácter religioso que, a partir do século XV, se atribui a este instrumento.
Historicamente as mais antigas referências não lhe conferem dotes particulares de musicalidade. Sabe-se, contudo, que era uma jovem patrícia muito culta, pertencendo a uma das mais ilustres famílias de Roma pelo que, tendo recebido esmerada educação, a prática da música ser-lhe-ía habitual, tocando, provavelmente, algum instrumento mais consentâneo com a sua feminilidade, como a harpa, a lira ou o saltério, pois o órgão, com que tão frequentemente é representada, era ainda um instrumento grosseiro e pouco difundido.
Segundo uma " Paixão " publicada no século V para satisfazer a curiosidade dos peregrinos que visitavam a primitiva Igreja " in Trastévere " dedicada à sua memória em Roma, Cecília, desposada contra vontade por imposição de seus pais, cumpriu o voto de castidade, já anteriormente formulado fazendo saber a Valeriano - o noivo - que a sua alma, bem como o seu corpo, estavam consagrados a Deus.
Valeriano sentiu-se tocado pela pureza daqueles propósitos e, não só prometeu respeitar tais votos, como, procurando o venerando bispo Urbano, que exercia o ministério sacerdotal escondido nas catacumbas, recebeu das suas mãos o baptismo.
Ao regressar, encontrou Cecília em oração e um anjo a seu lado. Este, que tinha duas coroas na mão, colocou uma sobre a cabeça da jovem e a outra sobre a de Valeriano. Penetrado pela graça, o nobre príncipe romano, anima seu irmão Tibúrcio a receber igualmente o baptismo.
Entretanto recrudescia a perseguição aos cristãos e os dois irmãos davam-se à piedosa missão de recolher os corpos daqueles confessores da fé a quem as autoridades imperiais recusavam um lugar nos cemitérios. Pouco depois foram também eles presos e decapitados. Por sua vez, Cecília foi igualmente presa por ter ousado dar-lhes sepultura na sua "vila" da Via Ápia onde, com grande fervor, exercia a caridade acudindo aos pobres e protegendo os perseguidos.
Colocada perante a alternativa de sacrificar aos deuses de Roma ou a morrer, não hesitou e dispôs-se ao sacrifício. Quando, durante os interrogatórios, o prefeito Almáquio lhe lembrava ter sobre ela direito de vida e de morte, respondeu : "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida."
Almáquio condenou-a a morrer asfixiada por vapor mas, como Cecília sobreviveu a esse suplício, ordenou que lhe cortassem a cabeça. O carrasco, por imperícia ou por ter vacilado ante a serenidade angélica da condenada, depois de três golpes sucessivos não chegou a decepar a formosa cabeça deixando a mártir em dolorosa agonia.
Só passados três dias exalou o último suspiro e todos quantos haviam presenciado o modo sublime como aceitara tamanha provação, convertidos por tal exemplo à mesma fé, suplicavam a sua intercessão para que, na hora suprema, tivessem o mesmo valor e heroísmo por ela demonstrados, mesmo nas maiores angústias.
Nas "Actas" do martírio de Santa Cecília, que se crê tenha ocorrido no ano de 230, lê-se :
Enquanto ressoavam os órgãos, a Virgem Santa Cecília, no íntimo da sua mente, só a Deus se dirigia e cantava : "Permiti, Senhor, que o meu coração e o meu corpo permaneçam imaculados ", tradução da frase original assim iniciada - " Cantantibus organis Caecilia Domino decantabat dicens..." Tomando falsamente a palavra "organis" (designação sumária de instrumento) por órgão, os pintores já no século XV a fantasiavam tangendo-o como acompanhador dos seus piedosos cânticos.
Feita deste modo a primeira iconografia, nada mais natural do que os músicos logo a tenham escolhido para sua protecto.EM PORTUGAL
Embora se encontrem referências mais remotas, o primeiro estatuto da Irmandade de Santa Cecília data de 1603.
Instalada primitivamente no Convento do Espírito Santo da Pedreira, que ficava situado no local em que hoje vemos os Armazéns do Chiado, foi transferida mais tarde para a antiga Igreja de Santa Justa, situada então na actual rua dos Fanqueiros, em Lisboa.
A fama desta Confraria ía crescendo de ano para ano devido, principalmente, ao brilho com que realizava a festa da sua padroeira.
D. João V foi um dos seus mais desvelados protectores o mesmo acontecendo com seu filho D. José I. A terrível catástrofe de Novembro de 1755, obrigou a Irmandade a procurar outras instalações vindo a fixar-se definitivamente, em 1787, na reconstruída Igreja dos Mártires, onde ainda hoje se encontra.
Depois das vicissitudes motivadas pelas invasões francesas e pela guerra civil que se lhes seguiu, as festas em honra de Santa Cecília readquiriram o seu antigo esplendor (testemunhado eloquentemente por William Beckford nas suas célebres cartas).
Consideradas por essa época como um dos maiores acontecimentos artísticos da vida musical de Lisboa, facilmente se adivinha como era exígua a Igreja dos Mártires para acolher todos quantos ali acorriam. Magnífico incentivo para os nossos compositores, lá foram dadas a ouvir obras de Marcos de Portugal, Leal Moreira, João de Sousa Carvalho, João Domingos Bomtempo e, dos compositores oitocentistas : Joaquim Casimiro, Santos Pinto, Guilherme Cossoul, Augusto Machado e muitos outros. Era assim, já passados os meados do século XIX, que entre nós se festejava esse dia particularmente caro a todos os músicos.
Em Paris
Também em Paris a data era solenemente assinalada na Igreja de Santo Eutásquio, havendo a tradição de todos os anos se fazer a primeira audição de uma missa escrita expressamente em honra de Santa Cecília.
Haendel, Haydn, Gounod, César Franck, Ambroise Thomas, Saint-Saens, figuram entre os mais famosos autores de missas Cecilianas.
Na Alemanha
Entre as numerosas associações de Santa Cecília espalhadas pelo mundo devem ainda referir-se os Caecilienverein, grupos alemães de cultores de música sacra, fundados em 1886 pelo padre Franz Witt. Tinham como objectivo reformar o canto litúrgico de acordo com os princípios do "Motu Proprio", de Pio X, divulgar o canto gregoriano e estimular a criação de novas obras. A sua acção propagou-se a numerosas regiões da Alemanha, disseminando-se em organizações paroquiais que se reuniam regularmente em congressos gerais participados por músicos de outros países. Estas actividades foram interrompidas pelo regime hitleriano.
O seguinte extracto de Pantagruel (1532), de François Rabelais costuma ser citado para ilustrar o espírito do renascimento:
De entre as 111 ilhas e arquipélagos analisados nesta lista, os Açores obtiveram uma honrosa posição, o segundo lugar com 84 pontos, numa pontuação de zero a cem, sendo por isso classificados como, "um sítio maravilhoso. Ambientalmente em boa forma". Ficando apenas atrás das Ilhas Faroe na Dinamarca que obtiveram 87 pontos.
Estes pontos foram obtidos através de 522 peritos em turismo sustentável, que registaram os destinos em risco de sucumbir à pressão turística e os que conseguiram encontrar um equilíbrio: “os nossos 522 especialistas votaram nos destinos que devem evitar o perigo, os que estão sucumbir a ele e quais o que pendem na balança”.
A apreciação feita pelos 522 peritos em turismo sustentável às ilhas foi: “não é um destino de praia, caso contrário seria susceptível ao turismo de massa. De facto, o seu clima caprichoso provavelmente impede o fluxo de turistas. As verdes e vulcânicas montanhas das ilhas e as pitorescas cidades a preto e branco aparentam estar intactas.
Belo lugar. Estrutura ambiental em boa forma. Os habitantes locais são muito sofisticados, uma vez que muitos viveram além-mar.
Distantes e temperados os Açores permanecem levemente turísticos.
O principal tipo de visitante é o turista independente que fica em “Bed&Breakfeast” (alojamento tipo “Cama&Pequeno-almoço). O ecossistema – desde as belas colinas das Flores às baías rochosas da Terceira — está em grande forma. As baleias são ainda uma vista frequente. A cultura local é forte e vibrante, habituada a convidar alguém para um jantar em casa, ou bem receber para uma refeição durante as festividades”.
A avaliação foi feita com base nas seguintes classificações de 0-25: “Catastrófico: Todos os critérios são muito negativos, perspectivas negativas”; 26-49: “Com sérios problemas”; 50-65: “Com problemas moderados: todos os critérios em negativo-médio ou um misto de factores negativos e positivos”; 66-85: “dificuldades menores”; 86-95: “Autêntico, conservado e com probabilidade de se manter assim”; 96-100: “Destacado”.
Aqui fica o TOP 20 das ilhas e arquipélagos classificados, segundo a NGT, como: os melhores destinos turísticos.
The list, by score
87 Faroe Islands, Denmark
84 Azores, Portugal
82 Lofoten, Norway
82 Shetland Islands, Scotland
82 Chiloé, Chile
81 Isle of Skye, Scotland
80 Kangaroo Island, South Australia
80 Mackinac Island, Michigan
80 Iceland
79 Molokai, Hawaii
78 Aran Islands, Ireland
78 Texel, Netherlands
77 Dominica
77 Grenadines
76 Tasmania
76 Bora Bora, French Polynesia
76 Fraser Island, Australia
76 Bornholm, Denmark
76 Hydra (Ídra), Greece
76 Falkland Islands (U.K.)