"Minh’alma, de sonhar-te, anda perdidaMeus olhos andam cegos de te ver!Não es sequer razão do meu viver,Pois que tu es já toda a minha vida!Não vejo nada assim enlouquecida...Passo no mundo , meu Amor, a lerNo misterioso livro do teu serA mesma história tantas vezes lida!"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."Quando me dizem isto, toda a graçaDuma boca divina fala em mim!E, olhos postos em ti, digo de rastros:"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,Que tu es como Deus: Princípio e Fim!..." - Florbela Espanca -
Foto António Lança - Olhares