28 de junho de 2008



Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,

A banalidade devorante das caras de toda a gente!

Ah, a angústia insuportável de gente!
O cansaço inconvertível de ver e ouvir!

(Murmúrio outrora de regatos próprios, de arvoredo meu.)

Queria vomitar o que vi, só da náusea de o ter visto,

Estômago da alma alvorotado de eu ser...






Pessoa - Álvaro de Campos

25 de junho de 2008

Garfield of the day..

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23 de junho de 2008

Nada se repete??


Numa noite de São João
Tudo ao longe se ilumina
numa claridade alaranjada.

Ouvem-se estalos de alegria
de crianças aos pulos
sob madeira queimada..

Aqui num recanto
de uma janela escura e inerte..

sinto-me oca,
com a música por companhia
sinto-me perdida
na vastidão deste céu imenso,
limpo e puro.

Olho ao redor,
tudo está parado, fechado.

Respira-se o ar fresco
da noite e com tanto a fazer..

Não há nada que se mexa,
tudo fechado, PERDIDO!

Ignorância total,
para tudo quanto me rodeia, Perdido!

Tão perdido que se encontra
fora do meu alcance.
Já tudo está fora de mim..

E eu.. E eu.. perdida, momentaneamente.

À procura que não se perca,
mas sim que tudo se transforme
em algo que só o tempo dirá.

23-06-2003
23h48m
[Só muda o tempo]

18 de junho de 2008

Time stands still ..


foto de Filipa Mateus

17 de junho de 2008

O tempo..

Parei no tempo.
Olhando o infinito..
À espera do amanhã.
O medo do que está por vir..


foto de Nelson Ribeiro

15 de junho de 2008

Garfield of the day..












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11 de junho de 2008

Feiticeiro


Se eu fosse feiticeiro
Ou o génio do Aladino
Pegava no mundo inteiro
E tornava-o pequenino

Tão pequenino que cabia
Na palma da minha mão
E ao ver-te o mundo sorria
E em paz adormecia
Sem medo da solidão

Depois dava-te uma flor
Mágica e poderosa
Com pétalas feitas de amor
E de sonhos cor-de-rosa

E então vinha a preceito
Uma varinha do condão
Que ao tocar-te no peito
Tornasse em amor-perfeito
O teu perfeito coração.

João Mendonça in "Fragmentos"


9 de junho de 2008

28 de Junho 1994..


Um dia, há muito tempo atrás escreveste esta letra para mim..

Sublinhado.. "do teu olhar tão lindo"
Como jamais esquecerei o que aconteceu,
E porque sempre que ouvia a música pensava em nós..
Aqui fica uma lembrança para ti.




Fui bailar no meu batel
Além do mar cruel
E o mar bramindo
Diz que eu fui roubar
A luz sem par
Do teu olhar tão lindo

Vem saber se o mar terá razão
Vem cá ver bailar meu coração

Se eu bailar no meu batel
Não vou ao mar cruel
E nem lhe digo aonde eu fui cantar
Sorrir, bailar, viver, sonhar...contigo


Espero que gostes..

Um beijo Amor.



8 de junho de 2008

Garfield of the day..

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