28 de janeiro de 2009
24 de janeiro de 2009
O que é o Ciúme?
As definições de ciúme são muitas, tendo em comum três elementos:
Esse sentimento apresenta carácter instintivo e natural, sendo também marcado pelo medo, real ou irreal, de se perder o amor da pessoa amada. O ciúme está relacionado com a falta de confiança no outro ou em si próprio.1) ser uma reacção frente a uma ameaça percebida;
2) haver um rival real ou imaginário e;
3) a reacção visa eliminar os riscos da perda do objecto amado.
Em certos casos o ciúme pode ser tratado através da ajuda do parceiro, estabelecendo-se um diálogo franco e aberto de encontro, com a reflexão sobre o que sentem um pelo outro e sobre tudo o que possa levar a uma melhoria da relação, para que esse aspecto não se torne limitador e perturbador.
O lado positivo: protege o amor
Nos relacionamentos onde os sentimentos de ciúme são moderados e ocasionais, ele lembra ao casal que um não deve considerar o outro como definitivamente conquistado. Pode encorajar casais a fazer com que se apreciem mutuamente e façam um esforço consciente para assegurar que o parceiro se sinta valorizado.
Ciúme potencializa as emoções, fazendo o amor se sentir mais forte e o sexo mais apaixonado. Em doses pequenas e manejáveis, ciúme pode ser um estímulo positivo num relacionamento. Mas quando é intenso ou irracional, a história é bem diferente.
O lado negativo: prejudica o amor
Às vezes sentimentos de ciúme podem ficar desproporcionais. Por exemplo, quando um homem provoca uma cena embaraçosa numa festa porque sua mulher aceita um convite para dançar com um velho amigo ou quando uma mulher é tomada de ciúmes excessivos pelo fato de o marido ter uma mulher como chefe no trabalho.
Este tipo de reacção pode afectar gravemente uma relação, levando o outro parceiro a sentir-se constantemente pisando em ovos para evitar uma crise de ciúme. O parceiro ciumento, muitas vezes ciente de seu problema, oscila entre sentimentos de culpa e auto-justificação.
Ciúme na literatura
A intensidade dramática do ciúme faz dele um tema atraente para escritores. Alguns souberam tratá-lo com mestria e produziram obras primas. Citamos o exemplo clássico de Othello de William Shakespeare (1603) e de três romances da língua portuguesa:Dom Casmurro de Machado Assis (1899), Alves e Companhia de Eça de Queirós (1925).
Othello mata Desdemona (desenho de Josiah Baydell, século XVIII)
Othello
Como em todas as tragédias, desde sua origem na Grécia antiga, o destino trágico dos personagens centrais está traçado desde o início. Prisioneiros de suas próprias limitações pessoais e sociais, são arrastados para ele e não podem mudá-lo.
Othello, o general mouro de Veneza, é prisioneiro da cor de sua pele. Por seus dotes militares, é tolerado, mas não aceito pelos venezianos, que nutrem com relação a ele sentimentos racistas. Othello está ciente desse preconceito e se sente inseguro. Para dissimular sua insegurança, comporta-se de modo grosseiro e impulsivo, a ponto de intimidar sua própria mulher, Desdemona.
A insegurança de Otelo faz com que seja receptivo às intrigas de Iago, que desperta seus ciúmes, insinuando um romance entre Desdêmona e Cássio. O ciúme se intensifica ao longo da peça e culmina com o assassinato de Desdêmona pelo marido. Uma acuada Desdêmona não pode também fugir a seu destino, como Otelo não pode fugir do crime e de sua autodestruição.
O ciúme é um tema fundamental na tragédia, pois além do ciúme de Otelo por Desdêmona, temos o de Iago por Cássio , porque este tem um posto militar superior ao seu, e o de Rodrigo, cúmplice de Iago, por Otelo, porque está apaixonado por Desdêmona.
É em Othello que se encontra a mais genial - e certamente a mais popular - definição de ciúme: ciúme é um monstro de olhos verdes (a green-eyed monster).
Cervantes
21 de janeiro de 2009
17 de janeiro de 2009
Aria - "Vedrò con mio diletto" ..
l'alma dell'alma mia,
dell'alma mia,
Il core del mio cor,
pien di contento,
pien di contento.
Vedrò con mio diletto
l'alma dell'alma mia,
dell'alma mia,
Il cor di questo cor
pien di contento,
pien di contento.
E se dal caro oggetto
lungi convien che sia,
convien che sia,
Sospirerò penando ogni momento.
Intérprete - Jaroussky (Anastacio)
11 de janeiro de 2009
10 de janeiro de 2009
7 de janeiro de 2009
Escrito numa ânfora grega
Paisagem que a tua paixão pinta
Para eu pendurar numa parede.
Candidatura a bem-amado
Das minhas núpcias de aracnídeo,
Contigo a ver-me de um telhado,
Altura própria para um suicídio.
Mas prometida a um olhar marujo
Na lenda de um Fáon que nunca chega,
Quanto mais me amas, mais eu te fujo.
Falta cumprir a sina grega.
""
Natália Correia
Poesia Completa
Publicações Dom Quixote
1999