31 de maio de 2007

Noturno

Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...

Como um canto longínquo - triste e lento-
Que voga e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
Tu vestes pouco a pouco o esquecimento...

A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando. entre visões, o eterno Bem.

E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!

Antero de Quental




(night Sir Edward Burne Jones)


30 de maio de 2007

Da minha lente..


Linhas

Fiz um segundo slide show com algumas das fotos que tirei com a nova máquina, a Canon 350 D.
Este projecto foi realizado como trabalho final do curso de fotografia que termino esta semana com o fotógrafo profissional Pedro Vilhena.
Peço desculpa por utilizar a mesma música do anterior.. mas não houve outra que se fundisse tão bem quanto esta.


(não se esqueçam de por em pausa o pod cast [transmissor de música] que está no fundo desta página senão as músicas irão misturar-se..)



Espero que gostem..






Pedro, obrigado pelos ensinamentos.







29 de maio de 2007

Da minha lente..


O abraço..
Vontade de entrelaçar.. de proximidade.
Um aconchego que enfatiza o lado bom da vida.
A magia do gesto,
a fusão de energias que harmoniza e integra
o todo e se traduz no cosmos, no tempo e no espaço..




Photo by ME
HR

28 de maio de 2007

Da minha lente..





..me and my fair instrument




Photo by ME

26 de maio de 2007

Insónias




Não consigo dormir..

A noite passa.. o gato mia, o cão ladra,
a porta range, a torneira pinga, a chuva cai..

Não consigo dormir..

O pássaro canta!

Não consigo pensar..

Não consigo dormir.




HR


25 de maio de 2007

Pensamentos





Por vezes estamos assim..
Na Lua..
Perdidos no escuro,
Vazios..
sem nada que nos seja suficiente,
que nos complete..
em que a noite
consola mais que o dia!



HR

foto da net

Mestre JPRC

Boa noite a todos..
Após ter adicionado a música ao blog (não correu lá muito bem).. e fazendo arrumações em papéis encontrei uma poema dedicado e oferecido à minha pessoa no dia 1 de Março de 2006 (após uma longa viagem Évora - Granada - Évora, para ir buscar a "menina dos meus olhos" (um dia terei de falar dela))..

Este poema foi escrito pelo MESTRE.. ah, pois é... E mais não digo!!!

(pormenor importante no topo tinha um açor (desenhado).... porque será??... )




Palavras que soam a mar,
Técnicas que moldam
As mãos,
Sentimentos sardentos de alegria
Num repente de melodia

Cores de coragem
Amor sem viagem
Sitiado nas técnicas das mãos,
ainda e sempre eternamente
ciosas, das coisas que sentem

Ar jovem
Aprendiz de efeitos
causas de mareante em delírios
- Além!... Além!...
... eu vi os círios...
... em terra, entre as brumas...

Se assim for,
Serei presente entre as coisas
Quase divinas...
Que do outro lado
Clamam infinitamente cristalinas,
Por mim...







Obrigado Mestre..




24 de maio de 2007

Açoriano Oriental




- Açoriano Oriental fac-simile (18-04-1845) -


AÇORIANO ORIENTAL


O Açoriano Oriental é o jornal mais antigo de Portugal
e está entre os dez mais antigos do Mundo.


Foi fundado por Manuel António de Vasconcelos
a 18 de Abril
de 1835, num período que corresponde
a um
momento áureo do
jornalismo a nível nacional e internacional.

Quatro meses antes do aparecimento da publicação tinha sido promulgada a primeira lei de liberdade de Imprensa em Portugal.





23 de maio de 2007

A amizade é...... já foi......




A amizade é, pela sua natureza,
mais livre de preconceitos do que qualquer
outra relação, porque é o laço menos afectado
pela ambição do poder, pelo prazer físico,
ou proveito material, sempre isenta de qualquer
jura de obrigação ou de constância.


Francine du Plessix Gray



22 de maio de 2007

Da minha lente..




Predilecta e perfeita flor..
Selvagem e frágil..
Poderosa e singela..


photo by Me
HR

20 de maio de 2007

Era uma vez.. as ilhas azuis

(Carta Açores - Abrahm/Ortelius 1584)

Durante muito tempo, desde que , há quase 600 anos quando pela primeira vez, que de saiba, um ser humano pisou uma destas ilhas, foi por mar que se chegou à última fronteira da Europa, aquela que é hoje a Região Autónoma dos Açores, com cerca de 237 413 habitantes. Território de descontinuidade geográfica, no Atlântico nordeste, as ilhas mais próximas da Península Ibérica, Açores, Madeira e Canárias, são hoje colectivamente designadas por Macarronésia, designação com raízes nas lendárias ilhas Afortunadas. Os Açores situam-se no nordeste do Oceano Atlântico entre os 36º e os 43º de latitude Norte e os 31º de longitude Oeste. Dito de outra forma, os territórios que lhe estão mais próximos são a Península Ibérica, a cerca de dois mil km a leste, a Madeira a 1200 km a sueste, Nova Escócia a 2300 km a noroeste e Bermuda a 3500 km a sudoeste...




As primeiras referências às ilhas dos Açores aparecem em documentos portugueses da primeira metade do séc. XV e o povoamento terá começado por volta de 1432, não só com portugueses, vindos na sua maioria do Algarve e Alentejo, mas também com flamengos, bretões e outros europeus e norte-africanos.
O descobrimento do Arquipélago é uma das questões mais controversas da história da navegação portuguesa do séc. XV. Ao certo, sabe-se que Gonçalo Velho chegou à ilha de Santa Maria em 1431, decorrendo nos anos seguintes o (re)descobrimento - ou reconhecimento - das restantes ilhas, no sentido de progressão de leste para oeste (São Miguel, Terceira, São Jorge, Pico, Faial, Graciosa, Corvo, Flores).




A terra era fértil e cheia de potencialidades, tal como é nos nossos dias, mas foi preciso muito trabalho árduo dos colonos, os quais, para cultivarem, tiveram de desbastar densos arvoredos que proporcionavam matéria-prima para exportação, produção escultórica (cedro) e construção naval. O cultivo de cereais e a criação de gado (trazido nas embarcações), foram as actividades predominantes, com o trigo a registar uma produção considerável. A produção de pastel e da urzela e a sua industrialização para exportação destinada a tinturaria, também desempenhou papel relevante na economia. No século XVII, as matérias-primas tintureiras sofreriam uma recessão, sendo substituídas pelo linho e a laranja. A primeira exportação de laranjas surgiu no séc. XVIII.




Em finais de Setecentos, regista-se o inicio de uma das mais expressivas e actividades económicas açorianas: a caça ao cachalote e a outros cetáceos. Na maior ilha açoriana, São Miguel, tanto a produção de chá, tabaco como de álcool e açúcar revelam-se marcantes no séc. XIX para a economia da ilha..

Porquê Açores?

A atribuição do nome ao arquipélago é outra questão tão controversa quanto a datação da sua descoberta. A explicação mais comum atribui o "baptismo" à abundância de aves identificadas pelos marinheiros portugueses como pertencentes à espécie Açor. Só que a única ave rapina identificada até aos nosso dias no arquipélago é o milhafre (Buteo buteo rotschildi), persistindo dúvidas entre especialistas se ao tempo da descoberta a suposta população de milhafres (que se alimentam de roedores) fosse tão numerosa a ponto de os destacar no meio das grandes populações de aves marinhas e de pombos torcazes, então existentes.




Assim, conforme a Wikipédia, uma explicação bem mais plausível parece ser o aportuguesamento da designação genovesa ou florentina das míticas ilhas azuis. A partir do vocábulo "azzurre", ou "azzorre", isto é azuis, terá nascido o nome Açores hoje usado. Segundo a mesma fonte, o carregado verde azulado da vegetação nativa dos Açores, que então totalmente recobria as ilhas, fazem-nas parecer azuis, mesmo quando vistas a curta distância..



Como já se escreveu, são 9 ilhas, divididas em 3 grupos.O Oriental (São Miguel e Santa Maria, em que um grupo de rochedos e recifes oceânicos, sitos a nordeste de Santa Maria, chamado ilhéu das Formigas, ou simplesmente Formigas, que em conjunto com o recife do Dollabarat, constituem a Reserva Natural do Ilhéu das Formigas, um dos locais mais importantes para conservação da biosfera marinha do nordeste do Atlântico),



o grupo Central (Terceira, S. Jorge, Faial, Pico e Graciosa) e, por fim o grupo Ocidental (Corvo e Flores, esta última o ponto mais ocidental da Europa.. para quem não sabe.. lol).
Por outro lado, o ponto mais alto do arquipélago e de Portugal continental é a montanha da Ilha do Pico ou " o pico do Pico", com a altitude de 2352 metros, cujo cume trespassa as nuvens!!



O clima é temperado, registando-se temperaturas médias de 13ºC no Inverno e de 24ºC no Verão. A corrente do Golfo, que passa relativamente perto, mantém a água do mar a uma temperatura entre os 17ºC e os 23ºC. O ar, esse é HÚMIDO, com a humidade relativa média de cerca de 75%. Dizem os locais, com saber de experiência feita que, nos Açores, chega a "fazer as quatro estações do ano num só dia!"
A origem vulcânica das ilhas revela-se respeitadora particularmente na ilha de São Miguel, famoso vale das Furnas com as suas fumarolas, caldeiras fumegantes e águas quentes. A mais recente actividade terrestre foi o vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, nos anos 1957 e 1958.





Já uma vila dos Açores
Loze ligeira no horizonte.
Será num alto das Flores,
No Pico ou logo de fronte,
Espraiadinha num cume
Ou encolhida em Calheta?
O ser nossa é que resume
Seus amores de pedra preta.
Para vila da Lagoa
Falta-lhe a cidade ao pé,
A distância de Lisboa
Já não me lembro qual é.
Para Vila Franca ser
Falta-lhe o ilhéu à ilharga,
É airosa pra se ver,
Mais comprida do que larga.
Povoação não me parece,
Nos padieiros não condiz,
Aos camiões estremece,
Mas não aguenta juíz.
Pra Ribeira Grande falta-lhe
O José Tavares no quintal,
Rija cantaria salta-lhe
Dos cunhais, branca de cal,
Mas não é Ribeira Grande:
Essa merecia foral!
No dia em que haja quem mande
Será cidade mural.
Nordeste - só enganada
Na vista da Ilha Terceira,
Longe de Ponta Delgada,
Sua sede verdadeira.
Nem Vila do Porto altiva,
A mais velha da fiada,
Em suas ruas cativa
Como princesa encantada.
De cimento a remendaram,
Coroaram-na de aviões,
Mas eternos lhe ficaram
Os bojos dos seus tàlhões.
Se é a Praia da Vitória
Não lhe reconheço a saia:
Enchem-lhe a areia de escória,
Ninguém diz que é a mesma Praia.
Talvez seja Santa Cruz
Da Graciosa, ou a sua Praia,
Com o Carapacho e a Luz
Cheirando a lenha de faia.
De S. Jorge a alva Calheta
Ou a clara vila das Velas,
E o alto, alvadio Topo
Com um monte de pedra preta
Dando realce às janelas.
As Lajes ou o Cais do Pico,
A escoteira Madalena
Vilas são de vinho rico,
Qual delas a mais morena.
Santa Cruz das Flores seria
Essa vila açoriana
Ou as Lajes de cantaria
Do bom Pimentel soberana.
Finalmente, só o Rosário,
Que do Corvo vila é,
Pequena como um armário
Ou um chinelinho de pé.
Mas não é nenhuma delas,
Nem Água de Pau, que o foi,
S. Sebastião, ou Capelas,
Da Terceira arca de boi
Como a nossa Vila Nova,
Que nem chegou a ser vila,
Tão branca na sua cova,
Tão airosa, tão tranquila.
Ah, já sei! É delas, fundo,
Que o muro alvo se perfila
Contra os corsários do mundo
Que invejam a nossa vila,
Nosso povo, na folia
De uma rocha de mar bravo,
Que o Guião da autonomia
Só por morte torna escravo.



Rocha do Mar por Vitorino Nemésio

24 de Abril de 1976






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Orpheus with his lute..






Orpheus with his lute made trees,
And the mountain tops that freeze
Bow themselves when he did sing.
To his music plants and flow'r
Ever sprung as sun and show'rs
There had made a lasting spring.

To his music plants and flow'rs
Ever sprung as sun and show'rs
There had made a lasting spring.

Ev'ry thing that heard him play
Ev'n the billows of the sea,
Hung their heads and then lay by,
Hung their heads and then lay by,

In sweet music is such art,
Killing care and grief of heart,
In sweet music is such art,
Killing care and grief of heart,
Fall asleep, or hearing die,
Fall asleep, or hearing die..


William Shakespeare












14 de maio de 2007

The happy sun is shining..

The happy sun is shining
The fields are green and gay,
But my poor heart is pining
For something far away.
It`s pining just for you,
It`s pining for thy kiss.
It does not matter if you're true
To this.
What matter is just you.


I now the sea is beaming
Under the summer sun.
I know the waves are gleaming,
Each one and every one.
But I am far from you,
And so far from your kiss!
And that`s all I get that's really true
In this.
What matters is just you.


Oh, yes, the sky is splendid,
So blue as it now,
The air and light are blended,
Oh yes, hot, anyhow,



Nothing of this is you
I'm absent from your kiss,
That`s all I get that`s sad and true
In this
What matter is just you.




10 de maio de 2007

Paralelismo do circulo




(...)Passas toda a tua existência paralela à minha, sem qualquer ponto de encontro.
Duas linhas paralelas nunca se encontram.
Mesmo que uma se retorça de aflição, e procure tocar a outra, que continua impávida o seu trajecto.(...)
(...)Das linhas que eu gerei, fiz uma circunferência.
Enorme, forte, envolvente.
Sem bicos, sem arestas, sem dúvidas, sem principio nem fim. Em contínuo movimento de dávida, partilha e simbiose únicas.(...)



9 de maio de 2007

Delírio


Amo-te como se deve amar:
Excessivamente,

ao ponto da loucura, do desespero.
Há duas coisas que nunca devem ser medíocres: a poesia e o amor…
Olhem para mim como uma criatura atingida por um mal fatal.


HR

1 de maio de 2007

Da minha lente..

Reflecting Worlds

Oi!
Não há muito tempo descobri uma nova paixão.... A FOTOGRAFIA!!! E deste modo, gostaria de partilhar um bocadinho desse mundo convosco..
Apresento-vos uma pequena amostra de fotos minhas tiradas por ai com a minha máquina pequenina..
Mas a partir de hoje tudo irá mudar.....ah..ah..ah..ah..
Bem..
Espero que gostem!!!!!