Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...
Como um canto longínquo - triste e lento-
Que voga e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
Tu vestes pouco a pouco o esquecimento...
A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando. entre visões, o eterno Bem.
E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!
Antero de Quental
(night Sir Edward Burne Jones)
3 comentários:
Por tão merecido ser e nobre canto,
Escuto serenamente o som do teu tormento,
Oriundo da tempestade feita pranto,
Que acalmarei, ouvindo teu lamento.
a lenda que deixaste na lagoa mágica que mora na minha lua encheu de encanto o meu entardecer... é tão bonito ser visitada pelas tuas palavras! beijinhos com o mar ao fundo!
como sabias que adoro este poema? beijos
IHR
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